domingo, 25 de dezembro de 2011

Suavidade

Hei hei.
Nesse dia de Natal venho postar um trabalho que realizei, juntamente com meu amigo Guilherme, para a disciplina optativa de vídeo arte e vídeo instalação.
Durante as aulas foram apresentados uma sequência de trabalhos, alguns me incomodoram bastante por serem um tanto grotescas. Foi aí que pensei que gostaria de trabalhar com a sensação do prazer, produzir alguma coisa que fosse prazerosa de assistir, mas não sabia como realizar a ideia.
Já o Guilherme comentou que gostaria de fazer um vídeo com dança, mas que não tinha nenhuma justificativa ou conceito para realizá-lo e propôs que uníssemos as duas coisas. 
Conseguimos três estudantes de dança que pediram que lhe enviássemos uma frase pra tomar como ponto de partida pra desenvolver o trabalho.Remexendo em algumas anotações encontrei uma frase que demorei anos para entender de verdade: " A arte é uma forma refinada de explorar o tempo-espaço". Pensei que ela pudesse ter alguma conexão com aquilo que gostaríamos de trabalhar.
Discutindo a relação entre tempo, espaço e prazer o Guilherme disse uma frase que se tornou o ponto de partida: ""o prazer é em si uma forma de dilatação do tempo". Então concluímos que bastava criar um vídeo que fosse gostoso de se assistir, apenas isso.
Segue o link com o resultado final:

http://vimeo.com/33493391

Proponho que se assista com o som bem alto em um quarto escuro, já que trata-se de uma vídeo arte que deveria ser exibida nessas condições.

Abaixo duas fotos (primeira e última) que tirei do dia da gravação e um still (a imagem do meio) feito pelo Gui :








Um feliz natal para todo mundo!


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Mas seu coração é a forma de contar a história

Venho hoje postar um texto que escrevi juntamente com a Naiara Lima, para uma cena da peça que montamos em 2008, chamada Fios da Vida - Mas seu coração é a forma de contar a história, com direção de Fátima Monis.
Na cena, eu (personagem 2) e a Andréia Artillia (personagem 1)  estávamos amarradas em cordões, como marionetes, e éramos manipuladas. Na frente do palco, três parcas tricotavam o fio da vida.


Personagem 1: Porque Deus criou o mundo em seis dias.
Personagem 2: Eu fui gerada em oito meses, nasci prematura.
P. 1: Vinte e uma horas demorei para entender que na verdade a semana começa no domingo. Toda semana, mês, ano, cria a ilusão da chance de se começar tudo de novo.
P.2: Com cinco anos eu ganhei uma irmã. Com seis anos eu ganhei dois irmãos, mas com dez anos... Eu ganhei dois pares de meia e uma bicicleta!
P. 1 e 2: Com vinte e um anos eu conheci meu grande amor!
P. 2: Pedi pra me amar baixinho, em silêncio, como uma brisa que provoca arrepio.
P. 1: Queria gritar aos quatro ventos: EU TE AMO!
P. 2: E dessa maneira nosso amor foi mais suave, frio, distante, mas duradouro.
P. 1: Chegou sem hora marcada, incendiou minha vida, me fez voar! Jurei a todas as pessoas e a todos os santos que aquele amor seria eterno. Durou mais dois verões.
P. 1 e 2: Agora que cheguei até aqui consigo perceber, não apenas com a simplicidade de uma criança, mas com sua própria alma, as linhas que segui.
P. 1: Com vinte e três eu terminei com meu primeiro amor, para poder ficar com uma outra pessoa.
P. 2: Com vinte e quatro eu comecei a fumar. Quarenta e sete anos foi a idade que minha mãe morreu. Decidi parar de fumar.
P. 1: Sempre tive medo de chegar aos quarenta...
P. 2: Tinha medo da mudança. Sempre preferi a rotina.
P. 1 e 2: Com vinte e cinco eu engravidei!
P. 2: Depois de seis semana perdi o bebê.
P. 1: Depois de oito meses ganhei meu presente.
(puxada mais forte dos cordões)
P. 1: Porque Deus criou o mundo em seis dias e descansou no final.
P. 2: Porque Deus criou o mundo em seis dias e descansou no final.
P. 1: Com vinte e cinco eu senti o melhor e maior amor que já conheci.
P. 2: Com vinte e cinco eu senti a pior e maior dor que já conheci.
P. 1: Com vinte e oito eu percebi que meu primeiro amor era pra ser meu eterno amor. Com trinta eu senti uma mistura de angústia e felicidade ao reencontrá-lo.
P. 2: Com trinta eu me senti completamente sozinha.
P. 1: Comecei a trabalhar.
P. 2: Larguei meu emprego.
(ambas riem)
P. 2: Comecei a trabalhar.
P. 1: Larguei meu emprego.
P. 1 e 2: (nas pontas dos pés) Agora vejo tudo do alto, pronta para saltar! ESTOU PRONTA PARA SALTAR!
P. 1: Procurei minha felicidade em todos os detalhes da minha vida, como quem tem sede de vida.
P. 1 e 2: Arrisquei muita coisa...
P. 2: Menos a minha própria felicidade.
P. 1 e 2: Acreditei em tudo o que me diziam e em tudo que eu mesma inventei.
P. 1: Agora estou aqui.
P. 2: Agora estou aqui.
P. 1 e 2: Você me ouve?
(se enroscando nos cordões)
P. 1: Passei por crise emocional.
P. 2: Perdi meu pai.
P. 1: Mudei de emprego.
P. 2: Comprei um cachorro.
P. 1: Formei minha filha.
P. 2: Morei sozinha.
P. 1: Viajei.
P. 2: Me tornei avó.
P. 1: Doei um órgão.
P. 1 e 2: Descobri novas formas de amar.
P. 1: Perdi meu único amor.
P. 1 e 2: Quase construí um zoológico em casa!
(Parcas fazem crochê rápido. Novamente as personagens ficam nas pontas dos pés)
P. 1 e 2: Agora vejo tudo do alto, pronta para saltar! ESTOU PRONTA PARA SALTAR!
(Black out nas personagens. Luz nas parcas)
P. 1: Talvez eu tenha feito algumas escolhas erradas...
P. 2: Acho que fiz algumas escolhas certas...
P. 1: Mas de qualquer modo...
P. 2: Todos os fios serão cortados.
(Parcas cortam o fio)
P. 1 e 2: Onde posso te encontrar?


cartaz do espetáculo

ensaio da cena

A volta pra casa na manhã do dia 22 de abril

É engraçado como o coração bate, bate a sua despedida, bate a sua espera.
É um momento de suspensão, de canseira, dos olhos que se enchem d'água.
Dá vontade de te segurar para sempre.
Num momento efêmero o tempo parece eterno, mas o tempo é traiçoeiro e passa rápido.
É um nó na garganta e um aperto que dá no peito. É um momento dos olhos que se enchem d'água.
Da lágrima que escorre, nasce o sentimento de esperança.
A vida também é espera... e enquanto esperamos fazemos. De fazendo em fazendo criamos, nosso mundo, nosso futuro. E no futuro a gente se cruza e se ama...
Além no futuro, a gente se cruza, e cruzados ficamos até o fim da vida.
Assim espero.





quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Borboletas na Cabeça

Venho hoje postar algumas fotos que fiz em junho para um trabalho da faculdade.
A idéia partiu de um pesadelo que tive e se intensificou após a leitura do conto Uma história de borboletas de Caio Fernando Abreu.
















 

para ver mais fotos consulte: http://www.facebook.com/media/set/?set=a.146612038747729.37455.100001968009904

Modelos (por ordem de aparição): Luísa Blanco, Marina Negri e Larissa Blanco.
Fotografia, maquiagem, cenário e figurino: Camila Carneiro.

Um super obrigado em especial ao Raphael Rosalen, Luísa Blanco, Marina Negri e Larissa Blanco que estiveram muito disponíveis e dispostos e a todos os outros que me deram uma "mãozona".





quarta-feira, 15 de junho de 2011

Ultimos dias

Uma das minhas descobertas mais legais desses tempos!



O CD Zoé / música de fondo - Unplugged on MTV é inteiro bom! Vale a pena conferir!
Ai vai a minha preferida:


Site oficial: http://zoetheband.com/
Facebook: http://www.facebook.com/Zoeoficial?sk=wall

terça-feira, 7 de junho de 2011

Exercício no Final Cut - Kick Ass e Bruna Surfistinha

Olá!
Venho hoje postar o meu trabalho final da disciplina Prática de Edição e Montagem I.
Tivemos apenas dois exercícios em aula. O primeiro deles era editar uma sequência de cenas em que uma mulher tem várias ações relacionadas a um carro - como abrir a porta, ligar o ar condicionado, ligar o som, dirigir, etc. O segundo (muito mais divertido de fazer!), tinha como proposta escolher dois filmes e mescla-los, respeitando os raccords de olhar e movimento e respeitando uma certa lógica na fotografia. Os dois exercícios são também nossos trabalhos finais da matéria.
Escolhi então para o segundo, os filmes Kick Ass e Bruna Surfistinha. Algumas coisas estão toscas pois aprendi agora como utilizar o Final Cut, mas no geral gostei do resultado.
Beijos, queijos.


segunda-feira, 23 de maio de 2011

cegueira, um ensaio

Ganhei na páscoa o livro Cegueira, um ensaio de minha queridíssima mãe. O livro é bem lindo mesmo, e conta nas palavras de Fernando Meirelles todo o processo por trás das câmeras do filme  Ensaio sobre a cegueira. Há fotos maravilhosas dos bastidores, assim como depoimentos da equipe e de José Saramago. Contém também o roteiro do longa mentragem.
Fernando Meirelles tem algumas frases lindíssimas! É uma delícia de ler, porque parece que estamos muito mais do que apenas conhecendo o processo de um filme. Pode até soar piegas o que vou dizer, mas na verdade é uma lição para aqueles que irão trabalhar com cinema, e muito além disso, é uma bela lição de vida para qualquer um.
Por isso, vou  reservar alguns posts para algumas das frases mais legais que eu for encontrando.


 a capa do livro


Estas são para os os FUTUROS CINEASTAS, assim como eu:

"TORONTO, SETEMBRO DE 2007
SOBRE FILMAGEM AL DENTE

De cozinha, sei apenas o básico para não passar vexame, mas sei que, para se preparar um bom linguini ao pesto, tudo tem de ser feito na hora. Assim são também as cenas emocionais, não se pode ensaiar muito antes de rodar, para manter vivo o perfume do manjericão e a emoção al dente.
Antes dessas cenas só fazemos um blocking, como chamam aqui no Canadá, passamos mecanicamente os movimentos dos atores para colocar todo mundo na posição certa: câmera, luzes, o azeite, a figuração, liquidificador, nozes, escorredor. Você sabe. Com tudo na pia, pede-se silêncio, roda-se o som, joga-se a massa na água fervendo e a cena tem de acontecer naqueles oito ou onze minutos, dependendo do tipo da massa. E esse é o primeiro problema: alguns atores chegam ao ponto certo nas primeiras duas ou três tomadas, outros precisam de umas sete ou oito e há quem goste de rodar até 15, 16 vezes a cena. Filmar uma cena com atores com tempos diferentes de aquecimento é como ter de cozinhar ravióli e fusili na mesma panela para serem servidos ao mesmo tempo."

Para os contexualizar, Meirelles explica nas páginas seguintes que foi justamente isso que ocorreu durante a gravação. Julianne Moore teria de filmar uma cena em que corre aos prantos após presenciar o estupro de algumas mulheres e matar dois estupradores. A atriz respirava fundo para se concentrar. Começou a chorar, e depois a chorar compulsivamente. Pediu para gravar imediatamente. A equipe ainda não estava pronta mas mesmo assim começaram a rodar. Então ela veio correndo, deixando toda a emoção aflorar, e pegou  Mark Ruffalo de surpresa. Ele acabou respondendo no mesmo tom dela, como diz Meirelles: "num tom lá em cima". Depois, o diretor pediu para que repetissem a cena num tom mais baixo.

"Julie nem me respondeu. Concordou com um gesto de cabeça e um sorriso técnico, voltando para a primeira posição, disse apenas: "Vamos rodar já, por favor". Emoção é coisa viva, fugaz. Uma hora está lá, sólida, pode até ser enrolada num garfo e mastigada, mas no instante seguinte, pode se evaporar. Julie tentava não se dispersar, para manter sólida essa coisa. Algumas reações de figurantes precisavam ser corrigidas, o Guilherme veio me dizer que a bateria do microfone dela tinha de ser substituída e eu queria conversar com Mark, mas tive apenas tempo de lhe pedir que não pegasse carona no tom da Julianne. O som a gente resolveria depois. Sabia que se ficasse cozinhando essa cena por mais cinco minutos alguma coisa se perderia para sempre.
Rodamos então a segunda tomada. Uma terceira e uma quarta.
(...)
Meia hora depois da primeira tomada tudo já estava mais técnico, mais preciso, e menos vivo.
(...)
Na sala de montagem, com o Daniel, vimos que o ideal seria usar a quarta tomada da Julie, ainda quente e menos descontrolada e a oitava do Mark. O Daniel vai ter de montar partes de falas rodadas em momentos diferentes e sem um dos microfones, talvez tenhamos de assumir alguma descontinuidade na figuração, mas isso faz parte. Fora isso, a cena está linda. O que importa está lá."

As frases entre aspas foram escritas por Fernando Meirelles no livro.


Julianne Moore e Mark Ruffalo

Bonito né??

site da editora pra quem se interessar: http://www.editoramasterbooks.com.br/lancamentos-infoensaio.php

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Exit Through the Gift Shop

Olá!
Hoje venho com uma Bela - com B maiúsculo! - indicação!
Semana passada tive que fazer um trabalho para a disciplina de História da Arte com base em um filme. Foi a melhor surpresa que tive em algum tempo.
Na minha opinião, Exit Through the Gift Shop é genial!
O filme é dirigido por Banksy - aquele famoso artista de rua, que nunca se identifica publicamente - e narra a história de Thierry Guetta. Thierry é pirado (!) e tem uma mania de registrar tudo com sua câmera filmadora. Até que um dia decide filmar seu primo, Space Invader, fazendo sua Street Art. A partir dai ele vai cada vez mais se misturando com este mundo clandestino, e num belo dia, lhe surge a oportunidade de ficar cara a cara com Banksy, o artista de Street Art mais idolatrado no mundo.
Alguns duvidam da veracidade do documentário, dizendo que ele é muito bem estruturado, extremamente engraçado, muito bem articulado pra ser verdade. Pode ser até que seja tudo uma farsa, mas mesmo se for ele ainda assim é genial. O fato de ser ou não ser real não lhe tira a validade, já que o documentário extravasa a sua duração, pois traz ao espectador alguns questionamentos como: (nas palavras da Isa) o que é arte nos meios atuais? Como a arte ganha o status de 'arte'?  O que se faz a partir da arte? e como ela pode repercutir?
Traz até mesmo de volta aquele antigo questionamento, surgido com A Bruxa de Blair, se devemos ou não devemos, se temos ou não temos o direito de mostrar ao público fatos não reais como se fossem verídicos.



Trailer (que não faz jus ao filme!):



Primeira parte do filme:
http://www.youtube.com/watch?v=Ixi2uKBK_v8&feature=related

É isso aí!




 


terça-feira, 26 de abril de 2011

palavras de uma apaixonada

Olá!

Hoje venho postar um texto que escrevi.
Escrevi escutando a música "The Winner Is" - Mychael Danna/DeVotchka - enquanto viajava.
Este texto se tornou posteriormente uma cena da peça que estávamos montando na época (Eu Coisa Que Antes Era e Me Sabia Gente). Eu e o Caio (gracinha!) fizemos um vídeo usando essa mesma música como trilha sonora, o qual seria projetado durante a cena. Depois, eu e minha colega de palco, Mayra, criamos as marcações e coreografias. O resultado foi uma bonita e comovente cena, modéstia parte. Hahahaha.

Como o texto foi escrito e apresentado com "The Winner Is" ao fundo, trago a possibilidade de lê-lo ouvindo a música. Aqui está o link:
http://www.4shared.com/audio/iYUeKKCi/Devotchka_-_The_Winner_Is.htm


"Eu to chegando, não vejo a hora, abre teus braços moreno, que é onde eu me sinto melhor.

Você diz que nunca me ouviu cantar, o que é engraçado porque você me faz cantar ainda mais.

Aqui foi onde eu te encontrei. Você foi onde eu me encontrei e me perdi.

Sinto teu cheiro, minha alma acalma e meu coração dispara. É onde eu sou melhor.

Eu acho a vida engraçada. Eu gosto das pessoas mais do que das paisagens e objetos, nas fotos, nos quadros, nos filmes. As pessoas são capazes de dizer muito com a boca, com os olhos, com as mãos, ou com um simples suspiro.
(Sussurrando) Suspiro.
E as pessoas são capazes de tocar umas as outras, do mesmo modo como a música nos toca.
Podemos apenas vê-la passar, ou conviver por uma vida toda, e podemos tocar uma pessoa sem nem ao menos saber disso.

Você me resignifica e resignifica o mundo a sua volta.
E você é uma pessoa, portanto eu gosto de você.

Fala no meu ouvido qualquer bobagem que vier, que me provoque um sorriso.

A gente é carne e alma, corpo com corpo, olho no olho. Aprendizado constante. Furor e calmaria dentro de mim.

Abre teus braços morenos que eu to chegando. "

Camila Carneiro



domingo, 10 de abril de 2011

a arte

Hoje fui assistir uma peça de teatro, "A Caolha" da Cia. Dramática de Comédia, e no folder havia uma frase que me identifiquei. Eis aqui:

"A arte não é uma prenda de salão; não é aparato, não é brinquedo, não é luxo só para os momentos efêmeros da sociedade; mas outra coisa bem poderosa, bastante forte para encher uma existência inteira, consolá-la nos dias de amargura e fazê-la irradiar nos de felicidade."


Júlia Lopes de Almeida (1862-1934)

E não é bem assim que nos sentimos?

segunda-feira, 21 de março de 2011

"Cinema Paradiso" e "A Vida é Bela"

Já tem um bom tempo que eu havia listado dois filmes para ver, e finalmente consegui.

"Cinema Paradiso" é o primeiro deles.
O longa-metragem de 1988 ganhou o Oscar e o Globo de Ouro, ambos na categoria "Melhor Filme Estrangeiro", e  Cannes, na categoria "Grande Prêmio do Júri".




O segundo, é "A Vida é Bela", que ganhou três Oscars, nas categorias "Melhor Filme Estrangeiro", "Melhor Trilha Sonora", e "Melhor Ator" - para Roberto Benigni, que é também o diretor.
A forma como a história é conduzida é realmente legal (!), a interpretação de Roberto Benigni como Guido é genial. Mas o mais bonito mesmo, é o jogo que o personagem principal (Guido) cria com seu filho, quando estes vão parar no campo de concentração, para que o menino não perceba a cruel realidade em que eles se encontram.


Nos dois casos, os atores mirins são extremamente carismáticos e trazem uma graça extra.
Os dois longas são bastante conhecidos e sempre estão naquelas listas dos filmes que você deveria ver antes de morrer.  Com certeza, você deveria vê-los antes disso!



quarta-feira, 16 de março de 2011

Pelas Tabelas...


Vai aqui uma dica para quem gosta de de MPB: O DVD "Pra Se Ter Alegria - Ao Vivo no Rio", da Roberta Sá.
A cantora dá um show de carisma, a iluminação é bem bonita, assim como o cenário e o figurino. Tudo parece minuciosamente pensado. O show conta com participações especias, entre elas Marcelo D2 e Pedro Luís da Parede. São 21 músicas no total, algumas bem conhecidas, como "A vizinha do Lado" de Dorival Caymmi, "Pelas Tabelas" de Chico Buarque, e "Casa Pré-Fabricada" de Marcelo Camelo.
Já nos extras do DVD, Roberta Sá canta ao lado de Chico Buarque, Ney Matogrosso, entre outros. Além disso, há o videoclipe "Belo Estranho Dia de Amanhã".
Vale bastante a pena ter, e não é muito caro, comprei o meu nas Lojas Americanas por R$ 19,90.

Inté!

terça-feira, 15 de março de 2011

as virgens suicidas




Domingo passado assisti "As virgens suicidas", e gostei bastante. O filme é dirigido e escrito por Sofia Coppola, e é também o primeiro longa da diretora.
Apesar de ser um drama, quem gosta de um humor menos escrachado e um pouco mais sádico, consegue dar umas risadas.
Recomendo!


Trailer do filme:
http://www.youtube.com/watch?v=GGAT8rH1qYM

"... A coisa tá ficando preta..."

"...O céu já vai perdendo o azul..."
Apanhador Só - Vila do Meio dia
Foto de Camila Carneiro

a alma e a matéria

Vou começar com a letra de uma música da Marisa Monte, que já diz tudo por si só...
A Alma E A Matéria
Procuro nas coisas vagas ciência
Eu movo dezenas de músculos para sorrir
Nos poros a contrair, nas pétalas de jasmin
Com a brisa que vem roçar da outra margem do mar

Procuro na paisagem cadência
Os átomos coreografam a grama do chão
Na pele braile pra ler na superfície de mim
Milímetros de prazer, quilômetros de paixão

Vem pra esse mundo, Deus quer nascer
Há algo invisível e encantado entre eu e você
E a alma aproveita pra ser a matéria e viver

Marisa Monte