terça-feira, 26 de abril de 2011

palavras de uma apaixonada

Olá!

Hoje venho postar um texto que escrevi.
Escrevi escutando a música "The Winner Is" - Mychael Danna/DeVotchka - enquanto viajava.
Este texto se tornou posteriormente uma cena da peça que estávamos montando na época (Eu Coisa Que Antes Era e Me Sabia Gente). Eu e o Caio (gracinha!) fizemos um vídeo usando essa mesma música como trilha sonora, o qual seria projetado durante a cena. Depois, eu e minha colega de palco, Mayra, criamos as marcações e coreografias. O resultado foi uma bonita e comovente cena, modéstia parte. Hahahaha.

Como o texto foi escrito e apresentado com "The Winner Is" ao fundo, trago a possibilidade de lê-lo ouvindo a música. Aqui está o link:
http://www.4shared.com/audio/iYUeKKCi/Devotchka_-_The_Winner_Is.htm


"Eu to chegando, não vejo a hora, abre teus braços moreno, que é onde eu me sinto melhor.

Você diz que nunca me ouviu cantar, o que é engraçado porque você me faz cantar ainda mais.

Aqui foi onde eu te encontrei. Você foi onde eu me encontrei e me perdi.

Sinto teu cheiro, minha alma acalma e meu coração dispara. É onde eu sou melhor.

Eu acho a vida engraçada. Eu gosto das pessoas mais do que das paisagens e objetos, nas fotos, nos quadros, nos filmes. As pessoas são capazes de dizer muito com a boca, com os olhos, com as mãos, ou com um simples suspiro.
(Sussurrando) Suspiro.
E as pessoas são capazes de tocar umas as outras, do mesmo modo como a música nos toca.
Podemos apenas vê-la passar, ou conviver por uma vida toda, e podemos tocar uma pessoa sem nem ao menos saber disso.

Você me resignifica e resignifica o mundo a sua volta.
E você é uma pessoa, portanto eu gosto de você.

Fala no meu ouvido qualquer bobagem que vier, que me provoque um sorriso.

A gente é carne e alma, corpo com corpo, olho no olho. Aprendizado constante. Furor e calmaria dentro de mim.

Abre teus braços morenos que eu to chegando. "

Camila Carneiro



domingo, 10 de abril de 2011

a arte

Hoje fui assistir uma peça de teatro, "A Caolha" da Cia. Dramática de Comédia, e no folder havia uma frase que me identifiquei. Eis aqui:

"A arte não é uma prenda de salão; não é aparato, não é brinquedo, não é luxo só para os momentos efêmeros da sociedade; mas outra coisa bem poderosa, bastante forte para encher uma existência inteira, consolá-la nos dias de amargura e fazê-la irradiar nos de felicidade."


Júlia Lopes de Almeida (1862-1934)

E não é bem assim que nos sentimos?